quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Vale a pena contar...


Algumas pessoas são sortudas, outras nem tanto, algumas pessoas são amorosas ou ranzinzas, existem as racionais e também aquelas que estão sempre nas nuvens. As diversas características e qualidades em diferentes pesos ou medidas fazem com que o ser humano se transforme em uma pessoa única.

Na composição das minhas características, com certeza, eu coloquei uma concha bem grande de “atrapalhação”. Eu sou o tipo de pessoa que sai com a maçaneta da porta na mão, que tropeça, entra em carro errado e faz patetices. Alguns dizem que é por conta do meu signo (escorpião), outros porque sou tímida e até porque sou míope, mas a verdade é: Coisas estranhas e esquisitas acontecem comigo o tempo todo.

Algumas delas valem a pena contar, mesmo porque aconteceram comigo e pessoas conhecidas e famosas que até agora eu não sei, e nem elas, porque cruzaram a minha frente.



Outro dia em um Shopping Center...

Não estou bem certa, mas acho que era no Shopping Pátio Higienópolis. Estava indo em direção às escadas rolantes e, sem perceber, trombo com um moço que segurava um ingresso de cinema e nesse encontro ele deixa cair o papel. No ímpeto de ajudá-lo tento alcançar o tal papel que me escapa entre os dedos e, suas mãos já embaixo das minhas, também tentavam agarrá-lo, mas sem sucesso. Esse balé a quatro mãos continua até que por fim o pequeno papel cai pelo vão da escada e como uma leve pluma vai caindo por um, dois, três andares até que por fim encosta no chão. Nossas cabeças se levantam lentamente e como se tivéssemos ensaiado nossos olhos se cruzam ao mesmo tempo e nesse momento percebo que o moço se tratava de Tarcísio Filho, isso mesmo, o ator famoso e filho de Tarcísio Meira. Nesse instante, mais envergonhada do que antes, mas com aquele sorriso prestes a explodir em gargalhadas e ele sorrindo amarelo, demos com os ombros como se estivéssemos sincronizados. E para cortar aquele silencio constrangedor (ainda até hoje não entendo porque fiz isso) eu perguntei: - Quer ajuda? – Mais dois esquisitos segundos se passaram, para mim uma eternidade, e Tarcisinho, intrigado, move a cabeça fazendo sinal de não e ainda mudo, desceu correndo para tentar resgatar o bilhete. E eu continuei no meu caminho, mas dessa vez gargalhando sozinha...


Nos anos 90...

Caminhando com minha prima pelo calçadão da praia das Pitangueiras no Guarujá, vejo correndo em nossa direção um rapaz com o rosto conhecido, fixo meus olhos neles e percebo que, certamente, o conheço muito bem. O encaro para que me note e quando ele chega perto, ainda fixando os olhos nele, o cumprimento – Oi tudo bem? – O rapaz me olha e responde – Tudo e você?  

Depois que ele passa minha prima pergunta:

- Você o conhece?

- É claro! – repondo positivamente

- De onde? – ainda intrigada e surpresa

- Ah, ele é da minha turma de rally -

- Nossa! Não sabia que o Rubinho também fazia rally. – ainda surpresa

-Ai meu Deus, que vergonha! É o Rubinho Barrichello...



Existem vários outros momentos parecidos guardados em minha memória, aos pouquinhos vou resgatando. Espero que curtam ler tanto quanto eu curti escrever. Beijos.

4 comentários:

  1. Eu curti muito! Ri muito! E acho que ser "atrapalhada" só tem trazido pra você bons encontros e uma excelente narração pra alegrar quem tem o privilégio de ser leitor ou ser ouvinte! Então, por favor, não mude!! Eu também não vou mudar, continuarei aplaudindo todos os momentos de "sorte & encontros"!!! bjkas.

    ResponderExcluir
  2. Amei o tema e vou usar. Ainda conto algumas que vc conhece...Rs. Beijos.

    ResponderExcluir
  3. Olha, como eu me identifico com as atrapalhações, há anos atrás fui estudar clown. É um convite!!! kkkkkk... Viva a inadequação nossa de todos os dias... Beijos

    ResponderExcluir
  4. Ah! Suzana, vou tentar achar um tempinho, acho que me enquadro. Bjs.

    ResponderExcluir